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Momentos de crise exigem lideranças inteligentes

Enquanto lidamos com a imprevisibilidade do que pode surgir com pandemia de COVID-19, muitas empresas tentam se adaptar a este cenário colocando à prova suas próprias capacidades de “fazer algo bom”.

Por Elemar Júnior, CEO EximiaCo

Enquanto lidamos com a imprevisibilidade do que pode surgir com pandemia de COVID-19, muitas empresas tentam se adaptar a este cenário colocando à prova suas próprias capacidades de “fazer algo bom”. Muitas delas, obviamente, agem desesperadamente pensando nas melhores formas de continuarem lucrando a qualquer custo. E isso pode ser um erro! Peter Drucker, escritor considerado o “pai da administração moderna” já dizia que o lucro é o reconhecimento da sociedade à capacidade de uma empresa de fazer algo bom. Por outro lado, o prejuízo seria a penalização pela incompetência. Sinceramente, poucas vezes essa ideia foi tão relevante quanto nos tempos atuais.

Jogando by the book, acompanhamos nas últimas semanas algumas medidas que empresas -com fôlego financeiro - têm adotado. Entre as alternativas, a antecipação de demissões surge como destaque, sendo que, o argumento utilizado é a necessidade de prolongar traços de saúde financeira e potencializar a competitividade quando alguma estabilidade for restaurada. Porém, ignoram o fato de que estamos em um período de exceções e, portanto, não há livro de regras confiável. Assim, embora o by the book recomende austeridade, é provável que esta acabe resultando em danos persistentes às marcas ou, no mínimo, exigindo tanto esforço de gestão de mídia, o que desvia o foco das ações que seriam mais relevantes.

Por ora, faz-se necessário priorizar segurança, reputação e finanças, nessa ordem. É evidente que só faz sentido ter um “bom nome” quando ainda há um negócio para este referenciar, mas, seguramente, os nossos tempos pedem que posterguemos iniciativas amargas para o último momento. Não é fácil, mas a boa gestão consegue reconhecer esse momento.

Levando em conta as observações de Carlo Cipolla, economista e historiador italiano, sobre a conduta das pessoas e o impacto nas sociedades, sobretudo nas empresas e governos, elas parecem ainda mais relevantes. Ele defendia que fôssemos classificados de acordo com nossa disposição de gerar o bem a nós mesmos e aos outros, então as pessoas seriam classificadas como vítimas, aproveitadoras (bandits no original), inteligentes ou estúpidas. 

São vítimas as pessoas que, deliberadamente ou não, são incapazes de agir em benefício próprio e que, com frequência, são prejudicadas em benefício dos outros. As aproveitadoras, por outro lado, são aquelas que agem exclusivamente conforme seus interesses. Já os inteligentes são os que conseguem agir de forma favorável para todos e, finalmente, são “estúpidos”, os incapazes de gerar qualquer benefício a partir de seus atos.

Dentre os aproveitadores que sistematicamente exploram as vítimas, há aqueles que subvertem o sistema atacando os inteligentes. Também há vítimas que, além de não agirem em causa própria, facilitam sua própria desgraça.

Os momentos de crise exigem lideranças inteligentes, aquelas comprometidas profundamente em gerar o bem para elas e para os outros. O impacto de lideranças aproveitadoras pode ser devastador e o das estúpidas seguramente o é. Além disso, os tempos são extremamente hostis para as vítimas – que precisam ser protegidas. Nesse contexto, é profundamente revelador o entendimento de Cipolla, de que as pessoas geralmente não agem de maneira consistente e, com frequência, transitam de uma classificação para outra. A única exceção importante à regra é representada pelas pessoas estúpidas que normalmente mostram uma forte tendência à perfeita consistência em tudo que fazem.

Em uma sociedade com desempenho ruim, os membros estúpidos são autorizados pelos outros a se tornarem mais ativos e a realizarem mais ações. Há ainda uma mudança na composição da seção não estúpida, com um declínio relativo das populações de inteligentes, ingênuos – apenas incapazes de agir em benefício próprio – e de aproveitadores que exploram o sistema; e há um aumento proporcional das populações de ingênuos que se colocam deliberadamente em condição de desvantagem e dos aproveitadores que exploram as vítimas e não ao sistema.

Dentre essas observações, conclui-se que é inútil tentar combater a estupidez. No entanto, é recomendável não potencializar a capacidade dos estúpidos de causar danos. Além disso, é fundamental que se trabalhe de maneira ativa para promover o comportamento inteligente, tentar identificar quem são as vítimas mais afetadas e desestimular os aproveitadores.

Como dito no início, o lucro é o reconhecimento da sociedade à capacidade de uma empresa de fazer algo bom. Por outro lado, o prejuízo seria a penalização pela incompetência. Será evidência de competência, nesses tempos difíceis, o posicionamento inteligente das lideranças e dos liderados. Não é tempo para estúpidos tampouco para aproveitadores.

Sobre Elemar Júnior

Elemar Júnior é CEO da empresa a ExímiaCo e especialista com mais de 20 anos de experiência em arquitetura de software e desenvolvimento de soluções com alta complexidade ou de alto custo computacional. Tem como expertise o desenvolvimento de estratégias para a inovação.

Autor: ELEMAR JR

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